quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Pernambuco e as músicas que mais nenhuma terra tem.

Por Marina Didier

"Fazer música em Pernambuco sempre foi muito difícil e ainda é. Existe o produto, mas não a demanda”. Esse foi o desabafo do percussionista Gustavo Amorim, que toca no Quarteto Olinda, um grupo de forró pé-de-serra rabecado. E isso que ele falou não é novidade para ninguém. A música pernambucana possui uma variedade de ritmos e estilos, e é um grande atrativo do estado, no entanto é um ponto que nunca foi devidamente explorado. São poucos os que conseguem espaço para a divulgação do trabalho em outras regiões.

É verdade que o governo apóia os músicos dando subsídios em algumas situações, como na gravação de um Cd, por exemplo. Mas, ainda não existe uma política de divulgação massificada. “Dessa forma, várias vezes o produto é concluído, mas fica dentro do estado”, afirma Guga. Além disso, mesmo com a obra pronta, em Pernambuco ainda não existe espaço, e as rádios não tocam as bandas locais, com exceção de algumas poucas, já consagradas, que estão na mídia.

O que acontece na maioria das vezes é que os grupos musicais daqui atingem apenas um público seleto, que já acompanha essa cena através da divulgação virtual e assistindo shows, geralmente organizados pelas próprias bandas. “Hoje o governo e as prefeituras tem produzido alguns eventos, que, apesar de serem sazonais, também estão dando mais visibilidade”, disse Guguinha, como é conhecido no meio.

No entanto, a situação nem sempre foi assim. Há aproximadamente dez anos, não existia nenhum tipo de apoio por parte das entidades governamentais e os artistas tinham que tirar o dinheiro do próprio bolso para produzir festas nas quais “o público nem entendia a necessidade de ter que pagar entrada, pois não assimilava que aquilo era um trabalho elaborado pelos próprios músicos que viviam disso”.

Depois do movimento do mangue beat, nos anos 90, com artistas como Chico Science, Otto e Mestre Ambrósio, é que a música pernambucana ganhou mais visibilidade e foi percebida em sua diversidade e criatividade. Do samba ao Hardcore, do maracatu de baque solto ao rock, o pop, o frevo, o caboclinho, o urso, o baião e o xote. Que outro lugar possui tantas opções de gêneros, ritmos e estilos assim? Infelizmente ainda precisamos de mais reconhecimento, mas “não podemos desanimar, a música de Pernambuco muitos lugares ainda tem que conquistar”.

2 comentários:

  1. apoio ta foda pra todo mundo
    cada lugar tem seus talentos que precisam ser incentivados

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  2. Nosso povo eh mto arretado mermo, pense num povo criativo e desenrolado.

    Eu curto mt nossa cultura, n deixo meu Nordeste jamais. ^^

    E fico ainda mais alegre qnd tem jovens que nem nós que sabe valorizar nossa terra, pois a glrinha fútil soh qr saber de música internacional e hamburguer. Tah, eles são legais também, mas nosso pé-de-moleque e cuscuz e Lenine e Alceu, fora Cordel do Fogo Encantado, Nando Cordel e demais.

    Nossa terra eh a melhor, n tem pra ngm

    Abraço forte a todos caba da peste.

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